do senhor samsara

é, escravo dos desejos
das ilusões, dos quereres sem fim.
vem, se arrasta, porque é isto que resta,
o chão simplesmente, para aqueles que crêem
em mim.
sou seu único senhor, para mim o seu louvor
só em lágrimas e carência sem fim.
o que tenho a te oferecer só a mim cabe saber;
a você, já se satisfaz com a eterna ânsia de "correr atrás".
é teu único bordão, porque tens medo de ver revelada
a única verdade nua e crua e clara que te libertaria de mim.
me serve como escravo, preso a tuas emoções.
quando queres descansar, eu posso te perturbar.
enquanto pensa, se veste, respira,
anda, come e conspira, eu posso te perturbar.
porque entregaste a mim todas as tuas esperanças
e ocupaste a mim com todas as tuas escolhas.
colhe as consequências, falindo o seu maior bem.
então se arraste, corra e volte, mais uma vez.
ao término do teu espaço não lhe caberá me dizer "o que restou de mim?"
lhe dei aquilo que queria, pois desde antes já sabia
que nada mais teria de mim.

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